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ARCHEOLOGICAL FACTORY
Andreia Santana
local: diverse
THE APPRENTICE'S COMPASS
Andreia Santana
O deslocamento, a transferência e a tradução são operações privilegiadas nas intervenções de Andreia Santana, cuja prática artística se desenvolve muitas vezes através de experiências de transformação física do território, pensadas consoante um contexto específico.
Este trânsito material, confere inevitavelmente um carácter arqueológico aos seus objectos, que, quando instalados, tornam a explorar a problemática do local e do solo como suporte expositivo e simultaneamente objecto de estudo, pretendendo pensar uma possível escavação que ao retomar ao seu local de origem através da utilização e manipulação de ferramentas e utensílios de arqueologia de campo, diferenciam e delimitam os locais e espaços a analisar. Na instalação de vídeo Bússola do Aprendiz, temos acesso a vários vídeos tutoriais de construção e modulação topográfica 3D aos quais se sobrepõem uma voz de um GPS (Global Positioning System), que nos convida a errar e vaguear num possível plano cartesiano. Com esta experiência próxima a uma busca de orientação que se vai transformando numa certa “Geo-Poesia”, vai-se adquirindo uma capacidade de criação cartográfica alternativa através de um mapa sem território, numa tentativa de geografar o incessante movimento da perda e daquilo que nos escapa. Neste movimento que se tenta justapor à própria mudança gravitacional, prendendo e aglutinando as ruínas e os vestígios ao local originário onde as mesmas foram desenterradas, pretende-se desenvolver um trabalho que pensa a questão dos constantes deslocamentos e modificações do solo que nos rodeia, como dinâmicas construtoras da arqueologia e dos seus objetos arqueológicos. Através deste “atrito” com o solo-etiológico, que nos permite aproximar a erosão da rasura e, vai igualmente recordando a ausência como vestígio e princípio fundador do desenho e da escultura, surge um segundo momento com a desenvoltura do projeto itinerante Archaeological Factory para a edição Critical Cities do Plano Lisboa 2016, que intenta construir e desenvolver objetos escultóricos que, ao se tornarem superfície e simultaneamente utensílio de escavação, se aproximam da arqueologia como instrumento primordial da descoberta e do encontro. Esta estrutura itinerante realiza-se durante cinco sessões, em vários largos diferentes da cidade e apresenta-se como um elemento activado pela leitura de um performer. |
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