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THE DIRTY BUSINESS SHOW
Mduduzi Nyembe & Kai Lossgott, Jason Mena, María Cañas, Juan Zamora
A decadência, o lixo, a podridão.
A desolação, a estranheza, a decomposição. A cidade como representação da ruína contemporânea, longe de todo o romantismo friedrichiano, a degradação, ediccios abandonados e arquiteturas inacabadas, reflexos fiéis dos fracassos imobiliários especulativos e da negligência humana. O barulho, o fracasso, a confusão. A paisagem de enorme beleza própria dos postais turísticos não faz mais sentido, cabe apenas num imaginário idealizado e ingénuo. A merda acaba por adquirir a ecgie ou a identidade do espaço, deixando para segundo plano as esculturas, a arquitetura ou a própria configuração do lugar. Horizontes de jatos, metrópoles fantasma e ninhos de merda. De ratos. A cidade como um conjunto urbano, como uma colagem da poluição e negligência, a meio caminho entre um despejo social e uma lixeira teatral. Não são espaços de ficção, mas muito pelo contrário, estes são lugares de verdade absoluta. A ficção não é mais que uma clara demonstração da fragilidade das estruturas sociais e sua relação com o meio ambiente. Cartografias do sinistro. As formas (que gradualmente se tornam inabitáveis) e cores (ou falta dela) acabam acabam unindo as cidades. Nova York, Cidade do Cabo, Cidade do México e Pequim. Aparentemente distantes mas mais perto do que se imagina. Quatro exteriores que se apresentam ao indivíduo, relacionando-‐se com elas num encontro entre o espaço e o habitante crítico. O consumismo de Nova Iorque pelas mãos de María Cañas, a pobreza da Cidade do Cabo de Mduduzi Nyembe e Lossgott Kai, a poluição de Pequim através dos olhos de Juan Zamora e as delimitações territoriais da Cidade do México por Jason Mena. Bem-vindos ao The dirty business show! - Adonay Bermúdez (curator) |
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